BARRAGEM DEVE-SE A PEDRO PASSOS COELHO
O presidente
da câmara municipal da Covilhã atribui o avanço do processo da construção da
barragem da ribeira das Cortes ao empenhamento pessoal do atual 1º Ministro. Na
cerimónia de assinatura do contrato de financiamento, que decorreu na CMC, o
autarca deixou ainda críticas ao anterior Governo.
PROVIDÊNCIA CAUTELAR NÃO PREOCUPA CARLOS PINTO
O presidente da câmara da Covilhã
está convicto que a providência cautelar não vai dar em nada, admite que as
relações com os municípios que a subscreveram estão beliscadas e elogia a
postura do Fundão nesta matéria. |
Em entrevista ao programa "Flagrante Direto"
da RCB, o presidente da câmara da Covilhã mostra-se convencido que a
providência cautelar apresentada pelos municípios que integram o sistema
multimunicipal Águas do Zêzere e Côa, com o objetivo de travar a construção
da barragem das Cortes, não vai dar em nada "os tribunais vão
naturalmente, face à lei, concluir que não há qualquer razão para aquilo que
eles invocam". O autarca covilhanense recorda uma decisão idêntica da
câmara do Fundão que não teve provimento "o município do Fundão invocou
exatamente a mesma coisa, e perdeu a ação, gastou dezenas de milhares de
contos e não teve qualquer vencimento, exatamente com os mesmos
pressupostos".
O autarca admite que a postura adotada pelos
municípios belisca o relacionamento com a câmara da Covilhã "como é
evidente, estão postos em causa princípios fundamentais de relacionamento
institucional" e sobre o assunto, o autarca deixa uma comparação
"esta situação faz-me lembrar aqueles náufragos à procura de uma tábua
de salvação que os retire do mar alto onde se meteram".
Carlos Pinto elogia ainda a postura da câmara do
Fundão que não subscreveu o documento "eu fiquei muito satisfeito com a
atitude do Fundão, com a atitude do Dr. Paulo Fernandes que foi um homem de
carácter e clarividência porque percebeu como é os nossos problemas podem ser
resolvidos não construindo uma barragem no município vizinho?".
O autarca critica ainda o governo do Partido
Socialista que "tentou fazer o que o mesmo que agora estão a fazer os municípios,
isto é, a Covilhã não entrou no sistema e agora vai ser castigada".
Carlos Pinto deixa alguns exemplos "o financiamento da ETAR da Covilhã
foi boicotado, eu tive que fazer uma parceria público-privada para construir
a ETAR". O ex-secretário de estado do ambiente, do governo do Partido
Socialista, foi outro dos alvos do autarca "ele boicotou, valendo-se de
abaixo assinados sobre a barragem, a concessão da prorrogação de uma
declaração de impacto ambiental durante anos e que chegou lá este governo e
desbloqueou, quais eram as questões técnicas que o POVT subscrevesse o
contrato de financiamento? boicote puro".
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A garantia
do secretário de estado adjunto da economia e desenvolvimento regional, que
presidiu, na Covilhã, à cerimónia de assinatura do contrato para a construção
da barragem das Cortes. Almeida Henriques recusou pronunciar-se sobre o
fundamento da carta subscrita por várias autarquias ao ministério da economia e
sobre a providência cautelar apresentada no tribunal.
Fonte: RCB
Fonte: RCB
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