sexta-feira, 30 de abril de 2010

Tertúlia do Mês de Abril na Biblioteca Municipal da Covilhã


TROCA DE PALAVRAS COM… ADÉLIA MINEIRO "O 25 DE ABRIL NA COVILHÃ"

Assisti ontem a uma noite memorável, a fazer-me reviver aqueles temos da minha juventude, dos quais hoje penso que passaram tão rapidamente.
Fui ver e ouvir o que Adélia Mineiro tinha para nos contar na tertúlia do mês realizada na biblioteca municipal da Covilhã e que focava o tema (TROCA DE PALAVRAS COM… ADÉLIA MINEIRO) “O 25 DE ABRIL NA COVILHÃ). Quem melhor do que esta Senhora, Professora Doutora, ADÉLIA MINEIRO, para relatar este testemunho de uma verdadeira estudiosa da matéria, licenciada em História na Faculdade de Letras da Universidade de Ciências de Lisboa é Doutorada em História Contemporânea pela Universidade de Salamanca.










Muniu-se de alguns dos seus amigos, (disse) para também eles darem o seu testemunho, sobre como cada um deles tinha visto e analisado a revolução dos cravos na cidade da Covilhã.
Começou com António Risso, democrata com algum revolucionarismo, participou e deu testemunho disso, em quase todas as lutas da classe operária a nível sindical e não só, na cidade da Covilhã.
Seguiu-se José Laço Pinto, ao tempo um correspondente do Jornal do Fundão para o qual escrevia semanalmente, deu conta das dificuldades do antes, em escrever na imprensa, devido à forte censura imposta, a escrita tinha de ser feita quase em cripto, na forma de meia palavra para bom entendedor basta.
O terceiro, foi José António Pinho, democrata, com muitas provas dadas já no antes da revolução, chegou a integrar as listas do (MDP-CDE) às eleições fantoches de 1973. Na cidade da Covilhã esteve sempre na primeira linha nas lutas democráticas, deu parecer sobre a composição da comissão administrativa que ao tempo havia de gerir a Câmara Municipal, mas disse, dela não querer fazer parte. O quarto, foi Manuel Quinteiro Gomes, o testemunho dum Homem que passou pelas masmorras da Pide, preso a 23 de Dezembro de 1963, por alturas da intensificação das lutas da classe operária, bastante comovido foi dando conta das agruras vividas dentro da prisão.
Por fim, coube a vez a uma ilustre Senhora, sim digo ilustre, porque também eu tive o privilégio de ter sido seu aluno, Dra. Ascensão Simões, esposa de um não menos importante Senhor, que a dada altura revolucionou o ensino na cidade da Covilhã, Dr. Duarte Simões, com o qual já não podemos contar entre os vivos.
Um testemunho bonito de uma rapariga como enfrentava os estudos no seu tempo de juventude, comparativamente com os tempos de agora. O ensino do antes e do depois, explicado por uma Senhora que ainda hoje conserva esse dom de saber explicar.
Depois de algumas intervenções do público, com outra intervenção bonita da Dra. Adélia Mineiro e presenteando todos os seus convidados com um bonito cravo vermelho e uma dedicatória pessoal, chegávamos ao fim desta tertúlia, que começando às 21h30m e pela boca da responsável da biblioteca municipal, devia terminar às 23 horas, terminava a cerca de poucos minutos das 24 horas por força das circunstancias, e não por vontade dos presentes agarradinhos ao tema e ao seu Orador.


À Dra. Adélia Mineiro quero dizer de quanto eu gostei de ter estado presente neste evento.

Há! E já agora agradecer-lhe muito reconhecidamente, a Sua aceitação ao pedido por mim formulado aqui neste mesmo blog, para que pudesse presentear os seus conterrâneos com igual sessão na sua terra natal.
O que irá acontecer na próxima Sexta-Feira, dia 7 de Maio pelas 21h30m no auditório da Junta de Freguesia do Tortosendo.

Por tudo isto BEM-HAJA, Dra. Adélia Mineiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário