quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESTRANHA FORMA DE VIDA



Esta de:




Marco Paulo Pereira Lopes




No dia 7 de Setembro de 2009, conhecia pela 1ª vez este rapaz de 28 anos de idade, nascido no dia 22 de Dezembro de 1980, na cidade da Covilhã, de seu nome, Marco Paulo Pereira Lopes, Solteiro, e a residir em Tortosendo.
Pela conversa que estava a travar com gente amiga, foi fácil cativar quem o ouvia, e a quem, tal como eu despertava interesse.
Rapaz quase trintão, mas deveras amargurado com a vida, de quem diz a sorte lhe ter sido madrasta desde sempre.
Como desde novo mantinha um certo gosto pela Hotelaria, em devido tempo tirou um curso de serviço de mesas na (Infurtur) cidade do Fundão.
Foi aí que conheceu como seu professor e instrutor, Gustavo Maia, filho do dono do Hotel Paraíso, situado em Oliveira do Bairro.
Durante o curso, como o rapaz havia demonstrado óptimas aptidões para a profissão, o Prof. Gustavo Maia levou-o consigo para trabalhar no hotel de seu pai.
Chegada a crise ao sector hoteleiro é lançado no desemprego, desesperado com a situação e rodeado de más companhias, levam-no a cair nas malhas da droga.
Entretanto da Espanha, mais propriamente da cidade de Placência, surge-lhe uma proposta de trabalho, conjuntamente com outros companheiros, (diz-nos o Paulo Mourão, conhecia-o? Respondi sim, era meu vizinho.) foram parar ao acampamento desse mal fadado patrão, já denunciado, que os fazia trabalhar de sol a sol em pura escravidão, sem qualquer remuneração.
Aí logo que a oportunidade lhe surgiu, fugiu. Procurou trabalho mas não encontrou.
(Ainda antes de continuar a conversa disse-me, olhe, desde essa altura nunca mais soube paradeiro do Paulo Mourão, à qual eu retorqui, nem eu!)
Sem dinheiro, e muita fome, levam-no ao roubo, resolve entrar numa casa particular, que por sinal era de um polícia, nessa casa o polícia enche-lhe o corpo de porrada e vai parar à prisão.
A sentença foi de ano e meio, mais oito meses de pena suspensa.
Depois de cumprida a pena é repatriado para Portugal, aqui chegado procura emprego, mas não encontra.
Conhecedor do país vizinho, julga ser agora a sua altura de aí poder refazer a sua vida, puro engano, porque é apanhado de novo a roubar, (disse ser para comer.)
A sentença desta vez foi, dois anos e meio.
Depois de cumprida a pena, está de novo no Tortosendo sem trabalho, diz-se arrependido dos roubos, mas injustiçado com a vida, encontrei-o na esplanada da piscina do Tortosendo, a falar com amigos e entre uma coca-cola de lata e uma set-up, se foi desenrolando a conversa.
Todos os presentes se interrogavam, será que a este rapaz, se lhe surgisse uma oportunidade de vida ele não a aproveitaria?
Talvez! - Até porque, por vezes um empurrãozinho é o suficiente para que se possa alcançar a meta que se almeja, mas também tudo depende da força que o interessado imprima.
Nós por aqui, deixamos o registo da conversa, e esta estranha forma de vida.

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